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Após dois adiamentos, o governo de São Paulo deverá divulgar os dados da eficácia da CoronaVac até 7 de janeiro de 2021, de acordo com informações obtidas pelo portal G1 junto a gestão estadual e o Instituto Butantan.
Os resultados dos testes da vacina contra o coronavírus, que está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, deveriam ter sido divulgados na última quarta-feira (23), mas foram adiados novamente. Antes, a previsão era de que eles fossem conhecidos em 15 de dezembro.
Segundo o governo, o motivo do adiamento foi que o percentual de eficácia da vacina foi diferente nos países em que ocorreram os testes.
Na quinta-feira (24), a Turquia informou publicamente ter chegado ao percentual de 91,25% de eficácia da CoronaVac em testes preliminares feitos com 1,3 mil voluntários. Já no Brasil, segundo o secretário de saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, os testes realizados não atingiram esse índice.
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Por questões de sigilos contratuais, o governo paulista não pode antecipar quais foram os índices obtidos no Brasil, mas, segundo Jean, a vacina não atingiu 90% de eficácia nos testes que foram feitos.
“Não atingiu 90% (nos testes no Brasil), mas está em níveis que nos permitem fazer uma redução de impacto de doença na nossa população”, afirmou Jean, citando que o percentual é superior ao mínimo de 50% recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O secretário justificou a expectativa citando que vacinas formuladas com fragmentos de vírus, os chamados vírus inativados, como é o caso da CoronaVac, acabam produzindo um percentual de defesa inferior ao daquelas que usam, por exemplo, a técnica chamada de vírus atenuado (veja especial sobre os tipos de vacinas).
“O que nós não imaginávamos é que a empresa (Sinovac) queria, e objetivava, uma unicidade, um resultado muito próximo em todos os países, e não somente em um ou outro país”, disse o secretário, justificando o adiamento da divulgação dos dados.
Ainda, segundo o secretário, é normal haver alguma diferença entre testes. “A gente não vai ter a mesma resposta para diferentes populações, porque são populações muito peculiares do ponto de vista genético, racial”, disse Jean.
Apesar do adiamento na divulgação dos dados, Jean reafirmou que o governo paulista mantém a previsão de início da vacinação em 25 de janeiro, data do aniversário da cidade de São Paulo.
G1RN